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Dependemos de várias coisas, necessitamos de muitas outras. Para ser feliz, fazemos de tudo um pouco, quando não encontramos a felicidade em uma coisa, logo a procuramos  em outra, quando não a encontramos em alguém, logo nos desfazemos desse alguém, e estamos a procura de outro. Assim é a vida, a busca incessante pela felicidade.
Somos seres conscientes de nossa existência, sendo isso o que nos difere dos animais,  mas por muitas vezes não nos conscientizamos da necessidade de verdadeiramente sermos conscientes de nossos atos, por muitas vezes vivemos como os animais, que se deixam levar pela natureza que os cerca. Nos deixamos levar pela sociedade que nos vive, assim não mais vivendo.  Essa necessidade de ser feliz é fato, mas o que objetivamos e como desejamos ser feliz, é que vai nos fazer ser o que somos, pois essa felicidade determinará, o que pensamos , o que sentimos, e  o que necessitamos. Passamos assim a inteiramente  construir o que somos em uma expectativa de felicidade. A felicidade pode ser buscada e conseguida com o que a sociedade predetermina por ser felicidade, ou por aquilo que temos certeza que nos fará feliz,  a questão que se segue, é se conseguida tal felicidade, até quando essa felicidade irá durar? Até quando o conseguido que desejavamos nos fará feliz? Sim pois bem, e quando felizes , depois de conseguido tudo que almejavamos , o que será traçado de novo, qual a futura felicidade a se conquistar? As vezes necessitamos de tão pouco, que buscamos muito, e que ser torna quase nada.  Buscamos essa felicidade nas coisas mais banais da vida, sem custear ou refrear os nossos atos que serão cometidos a essa conquista. Perdidos, e descalços por vezes nos iludimos nessa louca procura  da felicidade e nos entorpecemos e nos desconcientizamos afim de se perder diante de tantos problemas ou situações que toda vida proporciona, nos perdemos nos prazeres mais prazerosos da vida, mais que são os mais ligeiros e sutis , que ao fim do ato prazeroso, ao fim do cometido, nos pomos a pensar , no porque de ter feito aquilo, ou ainda mais iludidos, nos vemos cegos e acreditamos sim aqueles prazeres serem realmente a verdadeira felicidade. Seja no prazer vivenciado puramente em uma sexualidade irrefreada, ou seja nos verdadeiros entorpecentes e alucinógenos que hoje encontramos em qualquer esquina. Vejamos o custo dessa felicidade sendo levada com a própria vida, com a própria auto-estima sendo dilacerada, com o próprio corpo sendo destituido de qualquer valor humano, sendo objeto de conquista.
Enquanto tão longe se busca, e nunca se encontra. A felicidade tão perto permanece .  A felicidade se encontra, dentro de nós. Não em nosso peito , ou em nossa cabeça, mas intrisicamente fundada em nosso sentir, em apenas viver, viver se sentindo vivo, sentindo a importância de existir, não só para si, mas para o outro, que também deseja e necessita ser feliz, mas que precisa do outro, e que esse outro sejamos nós, dispostos a juntos constuirmos a nossa felicidade, fundada nas coisas que permanecem , nas coisas que não perderm suas características nunca, nos nossos sentimentos, nas nossas ações fraternais uns com os outros, nunca esperando ser recompensado, pois a recompensa e dada a medida do que se constroi. E  por mais difícil que seja de alcançar essa felicidade, tenhamos a certeza que mais duradoura será.

Viana Patricio